terça-feira, 6 de setembro de 2011


Canoas em frente a cidade de Santarém

Foto Rúbia Almeida

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Encontro das águas


Situado em frente ao município de Santarém, o encontro dos rios Tapajós de águas verde-azuladas e o Amazonas de águas ocre-argilosas, que por não se misturarem, chamam atenção de turistas que todos os anos visitam a região.

O Rio Tapajós nasce do encontro dos rios Jurueba e São Manuel na divisa dos estados do Pará, Amazonas e Mato Grosso. Numa extensão de 132 km, o Rio Tapajós atinge a largura de 19 km com suas águas de coloração esverdeada, o referido rio, durante o período de verão que vai de julho a janeiro, deixa à mostra quase 100 km de praias, ao longo de ambas as margens, constituindo-se em atrações turísticas.

Já o Rio Amazonas nasce a 5.300 metros de altitude dos Andes peruanos. Até chegar à denominação de Amazonas, o rio é chamado de Apurimac, Ucayali e Solimões. O Rio Amazonas corta o município de Santarém no sentido de oeste para leste, numa extensão aproximada de 110 km.

Os fatores que contribuem para esses fenômenos são a densidade, a temperatura e a velocidade. Esse espetáculo pode ser observado diariamente, a partir da orla fluvial de Santarém.


Foto e Texto: Yara Cristina

Frente da Cidade de Santarém
Foto: Yara Cristina
Encontro das Águas dos Rio Tapajós e Amazonas, em frente a cidade de Santarém.

Foto tirada por Yara Cristina

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

[REPORTAGENS] Garças são vítimas da população



Por Joab Ferreira

         Com seu jeito desengonçado e seu barulho quase insuportável, as garças fazem a festa nesta época do ano. A maioria das árvores de grande porte fica repleta dessas aves brancas. De longe a cena pode até parecer bonita, no entanto, de perto não é tão bom assim, que o diga quem já levou um “banho” quente e fedorento delas na cabeça quando passava por debaixo dos poleiros.
Esses animais sempre deixam um rastro bem grande por onde passam. O chão fica completamente branco proporcionando um cheiro nada agradável para quem estiver por perto. Quando estão no período de procriação as coisas se complicam ainda mais. O número de filhotes que caem dos ninhos é surpreendente. Todos os dias 1 ou 2 de cada árvore despencam, a maioria, morrendo instantaneamente ao tocar o solo. O que promove uma mistura muito atraente aos urubus de plantão.
A Casmerodius albus ou Garça – Branca – Grande, como é conhecida popularmente, é uma ave graúda, podendo chegar aos 80 cm de comprimento. Esse animal possui o bico de cor amarelada, pernas pretas longas e finas e plumagem branca. No ato de voar, o pescoço é encolhido e as pernas esticadas.
Ela é encontrada em rios, lagos e até mesmo em alagados que possuem peixes. Quando está pescando apresenta um aspecto solitário. A garça anda lentamente pelas águas rasas ou fica estática esperando o momento ideal para dar o bote em sua vítima. Seus alimentos preferidos são peixes, anfíbios, répteis e invertebrados.
No período que vai de julho a dezembro podem ser observados vários ninhos em cima das árvores. Na época de reprodução surgem nas costas das garças penas que se arrepiam durante a dança nupcial. No final dessa época, as penas são substituídas.
As garças voam em um grande bando procurando lugares ideais para que seus ovos possam ser botados. Quando confeccionados os ninhos, de 3 a 7 ovos azuis - esverdeados são postos. O tempo de incubação é de aproximadamente 25 dias.
Problemas - Por culpa da sociedade não ter uma consciência ambiental mais esclarecida, freqüentemente as garças são vítimas de ações humanas. A analista ambiental do Ibama, Ana Melo, explica que é grande o número de garças que morrem por conta da irresponsabilidade de algumas pessoas. “A gente recebe muitos desses animais aquáticos balados. As crianças e adolescentes machucam essas aves que são muito fracas e não resistem”, diz.
Outros problemas também podem causar transtornos às garças. Linhas de pipa e de pesca causam dilacerações e fraturas nessas aves. Quando não morrem pelo ferimento, falecem pelo estresse ou por fome, já que as linhas se enroscam fácil na vegetação e as garças não conseguem retira-las.
Também existe o fato de pessoas se incomodarem com a enorme quantidade desses animais perto de suas casas e acabam derrubando as árvores em que centenas de garças morrem. Mesmo quando o animal se recupera dos ferimentos a chance de que tenha uma vida normal é quase nula. “Se tivermos que criá-los em cativeiro é muito difícil que sobreviva”, fala a analista ambiental do Ibama.
Ana Melo alerta a população para que tenha mais cuidado com esses e outros animais. “Corujas e gaviões freqüentemente também são feridos porque a população não tem paciência para lidar com essas aves”, declara.
Existe punição para quem cometer algum crime ambiental, mas sempre é difícil encontrar os responsáveis. As denúncias só aparecem quando os animais já estão feridos e não tem como descobrir os culpados.

[PLANTAS MEDICINAIS] Acerola

           Nome científico: Malpighia glabra L.

Família: Malpighiaceae.

Constituintes químicos: ácido ascórbico (2-4%); ácido l-málico; ácido pantotênico; betacaroteno; carboidratos; caroteno; dextrose; frutose; hesperidina e outros bioflavonóides); limoneno; mucilagem; niacina; proteínas 4 g%, pró-vitamina A; riboflavina; rutina, sais minerais (ferro, cálcio 12 mg %, flúor 11 mg%, fósforo, magnésio, potássio, sódio); sucrose; tiamina; vitamina B6; Vitamina C (1-5 g/100 ml).

Propriedades medicinais: adstringente, antianêmica, antidiarréica, antiescorbútico, antifungal, antiinflamatória, aperiente, cicatrizante, mineralizante, nutritiva, vitaminizante.

Indicações: afecções da vesícula biliar, afecções do fígado; afecções pulmonares, anemia; auxiliar em tratamentos do fígado ou disenterias; carência de vitamina C, cicatrização de feridas; diabetes, dieta de lactentes, crianças e adolescentes, de gestantes e nutrizes e de pacientes desnutridos, convalescentes e em processo de desgaste físico; diminuir a ocorrência de doenças infecciosas e de dores musculares e articulares; disenteria; estomatite, fadiga, gravidez, gripes, hemorragias nasais e gengivais; hepatite virótica, infecção bucal, irritabilidade, melhorar o sistema imunológico; perda de apetite; poliomielite, previnir debilidade, resfriado, reumatismo, stress, tuberculose pulmonar, varicela. Como fitocosmético: hidratante capilar e condicionador capilar, protetor contra infecções. Pesquisas indicam o ácido escorbútikco contra o envelhecimento celular graças à sua ação antioxidante e sequestrante de radicais livres. Os sais minerais da acerola lhe oferecem a propriedade remineralizante em peles cansadas e estressadas. As mucilagens e proteínas são responsáveis pelas ações de hidratação e condicionamento capilar.

Parte utilizada: fruto.

Modo de usar: ao natural, como alimento, ou sob a forma de suco, 1 copo três vezes ou 4 vezes ao dia; como ingrediente para a fabricação de geléias, marmeladas, compotas, licores e sorvetes; no enriquecimento vitamínico do suco de outras frutas; na fabricação de cremes e loções para a pele e xampus para os cabelos; fitocosmético: pós, cápsulas gelatinosas moles e duras, comprimidos e pastilhas; 2 a 5% em xampus. 5 a 10% em cremes e loções.

[HISTÓRIA DA AMAZÔNIA] A grande e esplendorosa Amazônia

A Amazônia, a imensa região que ocupa dois quintos da América do Sul, falta consenso e sobra polêmica, fantasia a imprecisão. Em torno dessa terra cujo nome foi tirado das brumas da fantasia, foi-se formando uma serie de mitos e meias verdades que se incorporam ao imaginário coletivo. Às vezes, tal imaginário chega á próprio ciência ou aos discursos oficiais dos países que a compõem.
Esses mitos e meias verdades são utilizados na manipulação da opinião pública nacional ou mundial, de acordo com os objetivos específicos a serem atingidos em  determinados momentos. Mais do que nunca, lança-se mão dessas verdades fantasiosas.
A própria região constitui, em si, primeiro grande mito. O que é a Amazônia? Segundo a definição e as estatísticas, sua extensão pode variar. Será a Amazônia a área de 7.840.000 Km² que compõe os países do Tratado Amazônico? É a região, cerca de 7 milhões de quilômetros quadrados, que  compreende a área banhada pela  bacia do Amazonas e seus afluentes? Ou circunscreve-se ao domínio da fauna e flora equatoriais, com cerca de 6 milhões de quilômetros quadrado?
Muitos desses mitos têm uma origem tão fantástica quanto a existência das mulheres guerreiras que lhe deram nome. Um deles celebra que a Amazônia é Brasileira. Cerca de 33% da região pertencem aos países andinos, nos quais está a nascente da maioria dos seus rios, inclusive do próprio Amazonas. Com a exceção do Xingu, do Tocantins e do Tapajós, quase todos os outros rios amazônicos nascem fora do território brasileiro.
Outro mito é o da homogeneidade. Politicamente, a região espalha-se por oito países e uma colônia: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela. Geograficamente, nela domina a heterogeneidade. As altitudes partem do nível do mar e chegam a alguns milhares de metros. A temperatura pode ser gélida nas áreas mais baixa. A vegetação varia da floresta equatorial aos campos e savanas, passando por pântano e matas de palmeira.

A economia e a forma de ocupação também diferem bastante. Vão do mais primitivo extrativismo a modernas áreas industriais em suas grandes cidades. A região é um imenso patrimônio.